O
crescimento mais fraco do Brasil derrubou os indicadores do comércio exterior
da América do Sul e Central, segundo o relatório anual da Organização Mundial
do Comércio (OMC). Nos últimos anos, a área teve grande desaceleração no
comércio total e a contração mais brusca do planeta no setor de serviços. O
Brasil, diz o documento da entidade presidida por Roberto Azevêdo, foi o
culpado "por muito desse declínio".
"A maior desaceleração foi registrada pela América do Sul e
Central, tanto para as exportações quanto para as importações, com o Brasil
sendo responsável por muito desse declínio", diz o relatório ao comentar
negativamente a perda de ritmo do setor de serviços. A desaceleração, porém,
também é visível no comércio tradicional de mercadorias.
No total do comércio exterior, as exportações da região cresceram
exuberantes 28% em 2011. Nos anos seguintes, amargaram contração de 1% em 2012
e queda de 2% em 2013. No lado das importações, tendência idêntica: o total
adquirido pelos países da América do Sul e Central cresceu 26% em 2011 e o
ritmo de crescimento despencou para 3% em 2012 e 2% em 2013.
A forte desaceleração vista entre sul e centro-americanos não
corresponde à tendência registrada no resto do planeta. No comércio global, as
exportações se recuperaram ligeiramente após a estabilidade vista em 2012 e
cresceram 2% no ano passado. Nas importações, movimento semelhante:
estabilidade há dois anos e pequena expansão de 1% em 2013.
Entre as demais regiões do planeta, as exportações cresceram 2% na
Ásia e América do Norte e 4% na Europa em 2013. Nas importações, houve
crescimento de 1% na Ásia e Europa e estabilidade na América do Norte no ano
passado.
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