Pescadores utilizando cães e gatos vivos como isca para pescar.

Em 2005, um caso chocou o continente europeu. Tratava-se de pescadores da ilha La Réunions, da França, que usavam cães e gatos vivos como isca para atrair e pescar tubarões.
 O caso não ganhou destaque no Brasil, principalmente pela pouca popularidade da internet, na época, que dificultava o acesso às notícias locais.
 Muitas ONGs que protegem os animais, na época, divulgaram vídeos e fotos dos cães e gatos com anzóis enfiados em seus focinhos, através das poucas redes sociais da época e em correntes de e-mail – que muitos detestavam e nem abriam, marcando como sendo spam. Muitos não acreditavam no que viam, pensando se tratar de um boato de ativistas para que a pesca de tubarão fosse interrompida, mas investigações arquivadas na polícia francesa comprovam a veracidade do fato.
Na época, a fundação francesa “30 Millions d’ Amis” (Fundação 30 milhões de amigos), com a ajuda de um programa de TV local, que defendia os animais, foram investigar o caso na ilha, e encontraram muitas evidências, registradas em vídeo.
Houveram flagras de pescadores prendendo anzol nos animais de estimação, com um dos filmados sendo julgado e condenado, posteriormente. Ele usou um filhote de cachorro para tentar pescar um tubarão. Em sua defesa, durante o julgamento, o homem alegou que os cães roubavam suas galinhas, e ele queria apenas acabar com eles.
De acordo com os registros policiais, o caso era exclusivo de um grupo de pescadores e não envolvia um esquema grandioso. Com as novas leis de proteção animal e ambiental, a fiscalização e a punição ficaram maiores e mais rígidas, com nenhum outro registro de casos semelhantes registrados, desde então.
Até hoje, a ilha La Réunion é considerada um local ideal para a realização da pesca de tubarão. Apesar de não se saber se a prática foi combatida, os cães abandonados, que eram frequentes na região, não são mais encontrados por lá. Resta a dúvida do destino deles, que ou foram retirados da ilha por ativistas, ou continuaram virando iscas.



Diário de Biologia / National Geographic / Hoachorfact ] [ Fotos: Reprodução / Igarcardvia Diário de Biologia ]