Polícia de Minas ouve suspeita de fazer parte de tráfico de crianças.

Selena e o marido, que moram em Rondônia, foram ouvidos no fim de semana e foram liberados. De acordo com o depoimento, ela confessou a participação e disse que queria a criança porque é estéril.

A polícia ouviu nesta segunda-feira (16) uma funcionária pública suspeita de fazer parte de tráfico de crianças, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A funcionária da Prefeitura de Betim Cláudia Denise Gonçalves Giani prestou depoimento no inquérito que investiga um suposto esquema de tráfico de crianças.
De acordo com a polícia, a servidora pública pode ter sido a responsável por facilitar a internação de uma mulher, de 24 anos, no hospital regional, há quase 20 dias.
Ainda na gravidez, a mulher fez um anúncio de doação do filho pela internet, porque não teria condições de criá-lo. Ela deu entrada na maternidade usando o nome de outra mulher: Selena Castiel Gualberto Lima, uma advogada de 34 anos. “Ela me passou uma identidade, que era da Selena, e pediu para fazer as consultas com o nome dela, porque o neném sairia já com o nome da mãe”, conta.
Selena e o marido, que moram em Rondônia, foram ouvidos no fim de semana e foram liberados. De acordo com o depoimento, ela confessou a participação e disse que queria a criança porque é estéril.
Eliane Azzi, que é cunhada de Selena, seria a responsável por retirar o recém nascido do hospital. Ela foi presa em flagrante, há uma semana.
Outro fato que leva a polícia a acreditar na participação da funcionária pública no caso é que, várias vezes, ela ligou e mandou mensagens de texto para o diretor do hospital pedindo que o bebê fosse liberada logo.
“Era insistente no sentido de tentar entender o motivo que a criança não recebia alta”, declara Guilherme Carvalho da Paixão, diretor-geral do hospital.
O bebê foi encaminhado para adoção.
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