OS TROGLODITAS DE PLANTÃO:


Um dos grandes dilemas dos governos, de todos eles, e nesse caso o do governador Confúcio Moura não escapa da regra, é o seu staff de segurança, geralmente composto por policiais. 

Pela regra eles devem fazer a segurança do governador e da comitiva do governo, o que é legítimo e institucional, mas geralmente fazem bem mais, até o que não é sua obrigação. Como por exemplo, atrapalhar o trabalho da imprensa. 

Já fui vítima desse tipo de segurança, recentemente e no passado. Muitos outros colegas me relataram que também tiveram o mesmo problema. Parece recorrente. Apesar de ter meu trabalho prejudicado, pessoalmente não me incomodo. O que me chateia é o fato de passar governos e governos e a instituição não consegue sequer amenizar o problema. 

No fundo não dá para cobrar muito dos que integram o staff de segurança do governo. Geralmente eles desconhecem quem é quem nos municípios. Era para esperar apenas um pouco de educação e gentileza, mas aí é um sonho improvável. Mas da instituição é possível cobrar um serviço melhor.

Por exemplo: o compromisso de manter uma pessoa de relação pública que pelo menos saiba diferenciar um repórter a trabalho de uma pessoa querendo cobrar uma portaria ou uma promessa de campanha. 

Um governador por onde passa atrai muitas pessoas e diferentes interesses. Ao invés de convocar uma pessoa culta que saiba distinguir diferentes objetivos num ambiente público com a presença de uma autoridade estadual, os governos plantam um policial sisudo com uma arma na cintura e sem nenhuma disposição para amabilidades e que quando muito conversam entre si e denotam total desconhecimento do público que trafega ao entorno dos eventos de governo. 

A culpa, repito, não é deles, mas dos governos que ano após anos só trocam os porteiros, mas a relação com o público não melhora nunca.

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