ESCÂNDALO COM A PODEROSA DA INTERNET.suborno






















Talvez você já tenha ouvido falar do AdBlock Plus. É um acessório, para os navegadores Firefox, Chrome e Safari, que elimina os banners publicitários dos sites. Permite navegar na internet sem ver propaganda, e já foi baixado mais de 200 milhões de vezes. Mas quem usa esse plug-in está dando um tiro no próprio pé. Grande parte da internet, de gigantes como o Facebook a portais de notícias e sites independentes, é sustentada por publicidade. Sem anúncios, esses sites e serviços online teriam de ser custeados pelo próprio consumidor. Você teria de pagar – ou a maior parte deles deixaria de existir. Em suma, usar bloqueador de anúncios não é legal. Isso sempre se soube. A novidade, veja só, é que os criadores do AdBlock aceitaram receber suborno de empresas - para que os anúncios delas não fossem bloqueados. A iniciativa se chama “anúncios aceitáveis” (acceptable ads) e, segundo seus criadores, se destina a liberar anúncios que “não sejam irritantes”. O problema é que essa liberação envolve dinheiro, e alguns anunciantes, entre eles o Google, aceitam pagar para furar o bloqueio. Você pode conferir isso com os próprios olhos; basta instalar o plugin e perceber que certos anúncios, como os do Google, continuam aparecendo (enquanto outros, como do buscador Bing, da Microsoft, somem). O usuário pode desabilitar os “anúncios aceitáveis” – mas a grande maioria nem toma conhecimento disso. O AdBlock tira a receita publicitária dos sites; e aí se dispõe a devolvê-la em troca de pagamento. Uma tática mafiosa – e mais um motivo para não usar bloqueadores de anúncios.